Battlefield 3 - Jogo De Guerra Para Playstation 3
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Battlefield 3 - Jogo De Guerra Para Playstation 3
Battlefield 3 - Jogo De Guerra Para Playstation 3
R$ 89,90
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Battlefield 3 é um jogo de duas facetas. A primeira é uma campanha que tinha tudo para arrasar, mas que deixa muito a desejar porque além de ser limitada, não traz nada de novo. Pior: utiliza conceitos já vistos em vários jogos antes dele. No final das contas, o modo para um jogador, que é até relativamente curto (seis, sete horas para terminar), não passa de um tutorial incompleto, que prepara o jogador para a verdadeira diversão, que é o multiplayer. Aqui sim, o jogador percebe porque a franquia é uma referência na indústria quando o assunto é jogadores se digladiando em combates extremamente estratégicos e livres. Com um sistema de navegação de fácil uso, em apenas alguns segundos o jogador já está andando pelos vastos mapas do game, em busca de adversários para abater, tanques para consertar, bandeiras para conquistar e mais. Mesmo que o cooperativo não acrescente muito ao produto, o multiplayer é o verdadeiro motivo para se investir em BF3, e sem arrependimento algum.

Sempre conhecida por oferecer ambientes extensos e propensos para partidas online, a série Battlefield mudou levemente de rumo nos últimos anos. De olho no sucesso de Call of Duty, que além de multiplayer também se foca em campanhas para um jogador, a Electronic Arts resolveu responder na mesma moeda com Bad Company (e também trazendo Medal of Honor para os tempos atuais). Com Battlefield 3, a empresa estreia seu novíssimo engine, que de fato chega arrasando quarteirões com um produto bem completo, com o multiplayer que os fãs estão habituados, embora a campanha, repleta de destruição em várias partes do globo, poderia ter sido mais empolgante.

Battlefield 3 foi concebido na terceira versão do motor gráfico tradicional da série, o Frostbite 2 (o segundo foi o 1.5 de Bad Company 2), que até mesmo nos consoles mostra muitos avanços em termos visuais. Desde o sistema de física e partícula, à iluminação diferenciada, o game da DICE é um colírio para os olhos. Seja de dia ou de noite, em ambientes fechados como a sede de uma empresa ou prédios, ou em cenários abertos com terreno acidentado, arenoso, florestal, BF3 oferece uma variação impressionante de palcos de guerra, todos eles concebidos com qualidade altíssima.

Juntamente com o Frostbite 2 dando vida à guerra do game, o Destruction 3.0 é outro engine que ajuda na hora de simular física. E suas capacidades são logo mostradas nos primeiros tiroteios com a destruição de colunas, objetos sendo varridos, barreiras sendo destruídas, o que aumenta o senso de preocupação do jogador, já que nem sempre ele estará seguro atrás de certas coberturas. A balística também é razoavelmente respeitada no modo single, com tiros atravessando vidros e madeiras, embora as situações onde o jogador poderia tentar atravessar uma parede para acertar alguém no modo campanha são praticamente inexistentes, por isso não conseguimos testar isso. Houve um pequeno detalhe que nos fez admirar o sistema de física: uma placa pendurada em um tanque destruído era atingida por tiros de todos os lados, e ela reagia com o impacto como se fosse uma folha de papel tomando um peteleco. Não era nada demais, e ao mesmo tempo era tudo – sabemos que os hardcore nos compreendem.

A campanha de BF3 se passa em 2014, com um guerra deflagrada na região do Irã –Iraque, onde os EUA enfrenta um novo inimigo: a PLR, uma milícia que se auto-proclama uma resistência para liberação do povo. A narrativa coloca o jogador no controle de quatro pessoas diferentes, mas o sargento da marinha Henry Blackburn é considerado o principal, já que é durante seu interrogatório que o game se passa. Aqui é utilizada a velha técnica do flashback, com as primeiras cenas sendo, na verdade, algo que ocorre mais perto do final do jogo, com o protagonista em uma tremenda furada. Em seguida, ele, Blackburn, aparece interrogado por agentes da Cia que querem saber do envolvimento do sargento em atentados com bombas nucleares em Paris e Nova York. O estado em que se encontram essas cidades no game é calamitoso.

Convencional e pouco original é como podemos chamar o modo história de Battlefield 3. Tem quicktime events, tem sustos com terroristas iniciando combates corporais quando menos se espera, portas sendo arrebentadas, tiroteios intensos com destruição parcial de cenários, prédios desmoronando, carros explodindo, sequências scriptadas (porém, bem feitas, quase sutis). A campanha de Battlefield 3 traz diversas missões diferentes, mas não há uma fluidez agradável. Enquanto Blackburn e os agentes da Cia discutem sobre o que aconteceu nos últimos dias, o jogador passa a controlar outros personagens da trama, como o cabo Miller, por exemplo, atravessando o deserto iraniano em um tanque, ora guiando-o com a alavanca esquerda e mirando com a direita, ora usando apenas as armas. Em uma mesma fase, o jogo muda de cara várias vezes: combate usando canhão contra outros tanques no deserto usando visão térmica, invasão de uma base com vasto uso da .50 contra rebeldes